sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A alegria que os filhos trazem


Os pequenos quando se tornam mais independentes, assim como as mamães também enchem a cabecinha de pontos de interrogação e enchem as mamães de orgulho.
A estudante Priscila Bicalho, 23 anos mãe da Beatriz de quatro anos, conta que a filha já faz muitas perguntas, "A Bia ainda está pequena, mas me enche de perguntas, quando ela está assistindo desenho quer saber as cores dos personagens, por que eles são dessas cores e por aí vai, eu particularmente gosto de ver essa evolução", diz.
Ao contrário das dúvidas das mamães que podem ser esclarecidas com um médico ou até mesmo com a experiência adquirida com o passar do tempo, com as crianças é mais difícil afirma a dona de casa Luciene Aparecida Campolina de 32 anos, mãe da Gabriela de sete anos e do Rafael de quatro anos. "Os dois são muito curiosos, principalmente a Gabriela que é mais velha, eu procuro responder todas as perguntas, mas algumas nem eu sei," conta.
A música "Oito anos" composta por Dunga e Paula Toller ilustra bem essa curiosidade dos baixinhos.
Vídeo extraído do Youtube

"A maternidade é uma coisa mágica, depois que virei mãe entendo melhor a minha mãe, com certeza é o melhor sentimento do mundo, eu agradeço a Deus todos os dias por essa dádiva," essas são as palavras que definem ser mãe para Luciene.
As crianças, a medida que elas crescem e vão se tornando mais independentes querem fazer muitas coisas, algumas podem e outras não, "Mesmo dando trabalho às vezes, nos enchendo de perguntas e nos fazendo gastar o que temos e o que não temos, a alegria que nos dar é a maior do mundo, é um ernorme prazer," afirma Priscila.

Poema Enjoadinho
Vinícius de Moraes

Filhos...  Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos?  Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

O texto acima foi extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 195.
Esse poema resume bem o pensamento que temos em relação aos filhos, podem nos trazer muitas "aporrinhações, mas nos trazem muita alegria e termino esse post com uma pergunta: Filhos "se não os temos, como sabê-lo?"  

Um comentário:

  1. Marina,
    para dar legitimidade ao post, seria fundamental que as fontes ouvidas estivessem presentes também em vídeos/áudios/imagens.
    A idéia do vídeo e do poema são bacanas, mas não resolvem tudo.
    abs,

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