Amor e solidariedade com mães doadoras
Todos os dias, Luciana Aparecida Silva vai ao Hospital Municipal Odilon Behrens para doar leite. Mãe de Giovana, que nasceu prematura de 29 semanas, ela é uma das 24 doadoras fixas de leite e assim como muitas, costuma chegar às 8h e sair às 17h. "Acho muito importante para o desenvolvimento da minha filha. Eu estou percebendo que cada dia mais ela está se desenvolvendo por causa do leite materno", afirma.
![]() |
Cartaz da Campanha Nacional de Doação de leite humano (Foto: Reprodução/Ministério da Saúde) |
O banco de leite do Hospital Odilon Behrens, um dos oito existentes no estado, até fevereiro deste ano contava com cinco doadoras fixas, mas desde que foi iniciada a veiculação de uma campanha pelo Ministério da Saúde conscientizando sobre a importância de se doar leite humano, este número tem crescido. "A gente tem conseguido doadores mesmo, mas com a campanha da mídia que tem ajudado. Sem essa campanha a gente não teria a mínima condição", observa a coordenadora do banco de leite, Marzi Roque de Abreu.
Essencial para a boa nutrição dos bebês, uma vez que é composto por vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas, o leite também contém anticorpos que são responsáveis por proteger o trato gastrointestinal das crianças, atuando como uma espécie de capa protetora contra infecções. Além disso, ele consegue atender às necessidades específicas dos recém-nascidos, pois, o leite destinado a um bebê prematuro é mais rico em gorduras do que aquele consumido por um bebê a termo, já que o prematuro precisa ganhar peso.
Antes da doação, as mulheres devem responder a um questionário sobre seu histórico de saúde, onde precisam apresentar os exames feitos durante o pré-natal, como os de VDRL (sífilis) e HIV. Além de comprovar que não recebeu transfusão de sangue há menos de cinco anos, a doadora também não pode fazer uso de medicamentos nem consumir drogas, entre elas cigarro e álcool.
Após a entrevista, ocorre a coleta do leite, que geralmente dura meia hora e que pode ser feita em qualquer horário. A doadora pode ir tanto ao banco de leite quanto coletar em casa. Deve-se usar uma touca e lavar mãos e braços até a altura dos cotovelos. Em seguida, o leite cru é armazenado em um recipiente estéril e é levado para o congelador. Por volta do 10º ao 12º dia, uma equipe buscará o pote para pasteurizar o leite.
A retirada através de bombas, cujo envoltório seja emborrachado, não é recomendada devido ao risco de contaminação. Existem algumas mais indicadas no mercado já próprias para esterilizar, mas o seu uso só é indicado caso a mãe esteja muito bem orientada. Por isso, a massagem com a própria mão é considerada uma técnica mais eficiente.
A prioridade do leite coletado é para o bebê da doadora, entretanto, existem mães cuja mama ainda fica cheia de leite depois de amamentarem seus bebês. Marzi conta que há casos em que a mães só consegue doar 1 ml, mas que também existem mães que colhem seis potes de 400 ml por semana. Quando a quantidade de leite existente nos bancos não é suficiente para a alimentação dos bebês, costuma-se utilizar o leite pasteurizado para completar a dieta.
Além da diferença de cada organismo, ela aponta que o apoio do núcleo familiar faz a diferença porque a mulher não amamenta sozinha, a participação dos pais e dos avós faz com que eles também se sintam responsáveis e importantes nos cuidados com os bebês e por isso deve ser incentivada. "Hoje a gente não trabalha mais dissociados do núcleo familiar. A doadora precisa de apoio. Se ela não tem apoio dentro de casa, ela precisa de ajuda da família, às vezes até mesmo da vizinha. Nós temos tido bons resultados. Nossa ideia hoje é fazer parcerias até com os centros de saúde", conta Marzi. Informações sobre doação de leite: (31) 3277-6137.
Assista aqui a campanha de aleitamento materno do Ministério da Saúde
Assista aqui a campanha de aleitamento materno do Ministério da Saúde
Marina,
ResponderExcluiradorei seu blog ser sobre a vida com o Arthur, nosso mascotinho!
E o tema da sua matéria também, serviço público pra sociedade! Mas acho que seria legal fazer um posto um pouco mais dinâmico, com mais links que permitam saber mais sobre o assunto.. e uma fotinha do arthur também seria legal né?
beijos!
Marina,
ResponderExcluiro texto está muito bom mesmo. Dos que li, o melhor. Bem escrito, informativo, gostei muito. O assunto é de extrema relevância e foi muito bem abordado. Como sugestão para próximos posts indicaria apenas postar alguma foto, e talvez explorar mais a história de alguma mãe. Acho que os leitores se identificariam com a matéria e absorveriam melhor as informações.
No mais, continue nessa linha, parabens.
Beijo,
Alexandre Diniz
Marina eu gostei muito da sua matéria principalmente por que achei muito bem escrita.
ResponderExcluirAcho que seria legal se você achasse uma mãe que precisou usar leite doado por que não conseguia produzir o suficiente.
Leite materno...um ótimo tema para ser abordado. Lembrei da minha mãe que me alimentou com o seu leite até os meus 08 meses de vida. O ato de alimentar um filho dando a ele a proteção mais efetiva que existe e o ato de doar, é uma ótima receita. Uma receita de carinho e solidariedade. Parabéns!
ResponderExcluirA matéria está bem informativa e seu blog está lindo!
ResponderExcluirUma sugestão que eu daria, é investir em dicas para as mamães de primeira viagem, contar um pouco da sua experiência como mãe e talvez ter um espaço para orientar pais e mães em relação a alguns mitos populares (por ex, quando eu tinha 10 meses, eu caí da cadeirinha de papinha e fraturei o lado direito do crânio (é, eu era um pouco agitada). Na época, minha mãe tinha 20 anos e pediu ajuda às vizinhas, e a primeira idéia delas foi colocar uma faca fria na minha cabeça)..
Colocar alguns links, como do Ministério da Saúde, ou do prórprio banco de leite seriam úteis tb..
bjs pra vc e pro Arthur
Marina,
ResponderExcluiro tema é interessante, ainda mais ao ser discutido em um veículo de ampla divulgação como é o caso da internet. Seria bom ver falas diretas de personagens ligados ao tema nos posts seguintes. Fotos também ajudariam o leitor-internauta a vislumbrar melhor o cenário abordado na matéria. Parabéns pelo texto, muito bem escrito. Um abraço,
Thiago S.