domingo, 26 de setembro de 2010

Mamães em tempo dividido

Mulheres que trabalham fora e ainda cuidam dos filhos, uma tarefa difícil, mas não impossível.
Muitas mães trabalham fora e não têm muito tempo para dedicar aos filhos. Vânia Aparecida Augusto Bernardo diz que ficou sem trabalhar para cuidar da quarta filha Ana Júlia Augusto Bernardo de quatro anos, "Tenho quatro filhos e nunca pude curtir nenhum deles, mas com a Júlia foi diferente, tive uma gestação de risco, aos 36 anos e não tive coragem de trabalhar queria passar mais tempo com ela", afirma.
Essa é a vontade de muitas mães, ficar por conta só dos filhos, mas não é a realidade de algumas delas, Ingrid Esteves, 21 anos, mãe da Ana Luíza, 5 anos e da Giovanna, 5 meses conta que cuidou das filhas só até passar a licença à maternidade e já voltou a trabalhar tendo que deixar as filhas com a babá.
"Me doi todos os dias, sair e deixá-las, mas não tenho escolha, preciso trabalhar, mas sempre que posso, tento aproveitar o tempo que tenho com elas", diz Ingrid.
 TEMPO A doméstica Maria José da Conceição, de 48 anos e mãe de Miguel Henrique , 8 anos conta que trabalha de segunda a sexta-feira e ver o filho só a noite para ensinar os deveres da escola. "Aos sábados tenho os afazeres da minha casa, já no domingo quero ficar o tempo todo com o Miguel, sempre o levo para passear, mesmo que seja em algum parquinho perto de casa, eu sei que ele sente muita falta de mim, por isso tento explicar para ele que eu preciso trabalhar", diz.
O tempo livre com os filhotes podem ser aproveitados em vários lugares, como no Zoológico ou em Parques Municipais que ficam abertos ao finais de semana, e também alguns eventos que ocorrem durante o ano. Como o desse domingo, 26 de setembro, onde aconteceu em BH o Domingo Aéreo no Ciaar (Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica), com apresentações de salto de paraquedistas, entre outras do Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira (Esquadrilha da Fumaça).
Assista aos vídeos das apresentações da Esquadrilha aqui.
"Aproveitar o tempo com os filhos é a melhor maneira de demonstrar amor e carinho por eles, por isso não importa se vão ficar em casa ou vão sair, o legal é ser criativo na hora de curtir com os pequenos", diz a mamãe da Ana Júlia, Vânia.
                                                           Fotos do Domingo Aéreo:

Arthur de um ano, se divertindo no carro do Exército.


Avião da  Força Aérea Brasileira, aberto a visitações durante o evento.
Aeronave da Esquadrilha se preparando para a apresentação.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Doação de leite

Amor e solidariedade com mães doadoras


Cartaz da Campanha Nacional de Doação de leite humano (Foto: Reprodução/Ministério da Saúde) 
  Todos os dias, Luciana Aparecida Silva vai ao Hospital Municipal Odilon Behrens para doar leite. Mãe de Giovana, que nasceu prematura de 29 semanas, ela é uma das 24 doadoras fixas de leite e assim como muitas, costuma chegar às 8h e sair às 17h. "Acho muito importante para o desenvolvimento da minha filha. Eu estou percebendo que cada dia mais ela está se desenvolvendo por causa do leite materno", afirma.
 O banco de leite do Hospital Odilon Behrens, um dos oito existentes no estado, até fevereiro deste ano contava com cinco doadoras fixas, mas desde que foi iniciada a veiculação de uma campanha pelo Ministério da Saúde conscientizando sobre a importância de se doar leite humano, este número tem crescido. "A gente tem conseguido doadores mesmo, mas com a campanha da mídia que tem ajudado. Sem essa campanha a gente não teria a mínima condição", observa a coordenadora do banco de leite, Marzi Roque de Abreu.
 Essencial para a boa nutrição dos bebês, uma vez que é composto por vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas, o leite também contém anticorpos que são responsáveis por proteger o trato gastrointestinal das crianças, atuando como uma espécie de capa protetora contra infecções. Além disso, ele consegue atender às necessidades específicas dos recém-nascidos, pois, o leite destinado a um bebê prematuro é mais rico em gorduras do que aquele consumido por um bebê a termo, já que o prematuro precisa ganhar peso.
 Antes da doação, as mulheres devem responder a um questionário sobre seu histórico de saúde, onde precisam apresentar os exames feitos durante o pré-natal, como os de VDRL (sífilis) e HIV. Além de comprovar que não recebeu transfusão de sangue há menos de cinco anos, a doadora também não pode fazer uso de medicamentos nem consumir drogas, entre elas cigarro e álcool.
 Após a entrevista, ocorre a coleta do leite, que geralmente dura meia hora e que pode ser feita em qualquer horário. A doadora pode ir tanto ao banco de leite quanto coletar em casa. Deve-se usar uma touca e lavar mãos e braços até a altura dos cotovelos. Em seguida, o leite cru é armazenado em um recipiente estéril e é levado para o congelador. Por volta do 10º ao 12º dia, uma equipe buscará o pote para pasteurizar o leite.   
 A retirada através de bombas, cujo envoltório seja emborrachado, não é recomendada devido ao risco de contaminação. Existem algumas mais indicadas no mercado já próprias para esterilizar, mas o seu uso só é indicado caso a mãe esteja muito bem orientada. Por isso, a massagem com a própria mão é considerada uma técnica mais eficiente.
 A prioridade do leite coletado é para o bebê da doadora, entretanto, existem mães cuja mama ainda fica cheia de leite depois de amamentarem seus bebês. Marzi conta que há casos em que a mães só consegue doar 1 ml, mas que também existem mães que colhem seis potes de 400 ml por semana. Quando a quantidade de leite existente nos bancos não é suficiente para a alimentação dos bebês, costuma-se utilizar o leite pasteurizado para completar a dieta.
 Além da diferença de cada organismo, ela aponta que o apoio do núcleo familiar faz a diferença porque a mulher não amamenta sozinha, a participação dos pais e dos avós faz com que eles também se sintam responsáveis e importantes nos cuidados com os bebês e por isso deve ser incentivada. "Hoje a gente não trabalha mais dissociados do núcleo familiar. A doadora precisa de apoio. Se ela não tem apoio dentro de casa, ela precisa de ajuda da família, às vezes até mesmo da vizinha. Nós temos tido bons resultados. Nossa ideia hoje é fazer parcerias até com os centros de saúde", conta Marzi. Informações sobre doação de leite: (31) 3277-6137.

Assista aqui a campanha de aleitamento materno do Ministério da Saúde